A SALVAGUARDA sofreu evolução nos conceitos e práticas, desde a Carta de Atenas.
A função do Património não se resume a simples exposição, à cristalização da sua imagem no tempo – isso é amputá-lo.
AHP – Aldeias Históricas de Portugal procura dar voz a todo o Património restituindo-lhe o seu valor de referência identitária, com recurso às novas tecnologias, ainda não generalizada em território nacional.
Estes são os objectivos se da 1ª fase da musealização da AHP – Aldeias Históricas de Portugal para São Vicente da Beira.
A matriz identitária de cada região não deve ser mais um contributo para o isolamento do espaço territorial.
A dificuldade em entender esta relação a estabelecer entre os monumentos e o público, pode conduzir a alguma resistência .
Localmente, pequenos grupos, que perderam a referência nacional, entenderão ser estas práticas intrusivas por porem em causa o seu status ou até por receio do desconhecido.
No que concerne às entidades regionais braços do poder central, constituem-se como entidades incontestáveis com poderes de decisão efectivo e definidor de práticas e conceitos no âmbito do Património classificado alargando-se às ZP e ZEP
– a sua fonte de inspiração legal assenta, sobretudo, na Lei de Bases do Património cultural n.º 107/2001, 8 de Setembro.
Convertida no que alguns vêm como eficaz instrumento intimidatório, pode-se criar um ambiente de certa incompreensão onde as entidades e os cidadãos coexistem num ambiente de tensão e desconfiança.
Por essa razão a AHP – Aldeias Históricas de Portugal no ponto 3 das Conclusões e Recomendações resultantes do I Congresso Nacional de Turismo e Património Imaterial, considera importante a responsabilização das OA (Organizações de Apoio),governamentais e locais.
Não tendo existido práticas atentatórias ao Património classificado, nem razões legais limitativas ou de ordem conceptual, que ponham em causa as acções da AHP – Aldeias Históricas de Portugal, esta associação, em parceria ou com a contribuição das entidades de poder local ou regional, continuará a desenvolver a musealização das aldeais históricas, dentro das boas práticas constantes no Projecto “O Futuro da Memória, Memórias para o Futuro”.